sábado, junho 29

#7


            Passou uma semana depois daquele dia de pura diversão e desde então nunca mais voltei a ver aquele tipo lindo de cabelos e olhos de tons acastanhados, de sorriso fulminante e alegria de fazer contagiar qualquer um, com quem engracei.
            Depois de dois meses de descanso, a faculdade voltava agora em ação. Não é que eu não gostasse. Pelo contrário, eu adorava aquele lugar, mas o nosso stresse ali era completamente desgastante, embora soubesse que o meu trabalho comparado com uma outra faculdade qualquer não tinha nada a ver um com o outro.
            Tanto eu como Trice frequentávamos a mesma faculdade, University of Arts e tínhamos de nos levantar quase duas horas antes de as aulas começarem. Apanhar o underground de Park Royal até à Universidade eram cerca de quarenta e cinco  minutos, mais outra hora até estar-mos completamente dispachadas.
            #7:02
            Estava eu já à porta de Trice a fazer aquela molengona vir abrir a porta (
http://www.polyvore.com/megan_lavoid/set?id=87069803 com http://www.theiconic.com.au/High-School-Backpack-97968.html).
            - Tão chavala, despacha-te, o underground não espera por ti, sabias? – Consideremo-lo com o meu tipo de saudação para o primeiro dia do último semestre.
            - Já vai, já vai! Tu e os teus horários a cumprir! – Falava ainda com um pingo de sono na voz e umas olheiras retratadas no rosto. De resto, estava pronta para sair de casa (
http://www.polyvore.com/beatrice_pollad/set?id=87008438 com http://eu.topshop.com/webapp/wcs/stores/servlet/ProductDisplay?beginIndex=0&viewAllFlag=&catalogId=34058&storeId=13058&productId=11030171&langId=-1&categoryId=&parent_category_rn=&searchTerm=24J36ECRM&resultCount=1&geoip=home).
            Durante o caminho subterrâneo, Trice puxava conversa:
            - Então... Tu... Nunca mais falas-te com ele? – Tão bem que eu a conhecia que já topava que quando a gaja se punha a enrolar o cabelinho com a ponta do dedo indicador vinha daí coisa.
            - Quem? – Ela pensa que sou lerda, mas eu só gosto de me fazer de parva.
            - O Liam, quem havia de ser?
            - Ah! Hum... Não, nunca mais. Porquê?
            - O Andy ligou-me aqui à dias...
            - E daí?
            - O Liam pediu-lhe para ele me pedir o teu número.
            - E tu deste? – Como um impulso, voltei-me e arregalei-lhe os olhos.
            - Ah, hum... – Engonhava. E eu esperava. – Dei!
            Voltei de novo a encostar as costas no acento e tentei descontrair o máximo. Vejamos... Ele tem o meu número? E daí? Vai na volta e ainda se esquece.
            Nem dei pelo resto do tempo passar. Era sempre assim, uns dias com mais ou menos diferença, cada uma com o seu par de Head Phones a ouvir o seu tipo de música, acabávamos por chegar mesmo antes de nos apercebermos.
            Pela manhã achara todas as aulas que tivemos uma verdadeira seca... Todos os professores apenas falavam do trabalho a decorrer pelo último semestre. A notícia mais estonteante do dia era o desfile de fim de ano. O trabalho realizado durante este período fulminava com o desfile e este seria decisivo para as nossas notas às cadeiras práticas. No meu caderno de curso já tinha apontado uma página e meia com ideias que me surgiam aos poucos na cabeça.
            #LunchTime
            - Onde é que vamos almoçar hoje? – Perguntou Trice.
            - Eu pensei que tu tivesses alguma ide... – O meu telemóvel começou a tocar inesperadamente. No mostrador aparecia um número não-identificado, os desconhecidos, que não costumo atender. Será que atendo?
            - Está sim? – Tentando eu obter resposta do outro lado da linha. Ao ouvir a voz por detrás da chamada senti um peso no coração. Uma dor no estômago, estranha sensação.

2 comentários:

  1. É o Liam, só pode.
    Ai, que eu cada vez gosto mais da tua história :)
    Até estou para ver o que vem a seguir

    ResponderEliminar